Capitulo 2
Olhando bem em seus olhos e ainda sem entender o porquê de
uma garota vir falar comigo, eu apenas aceno com a cabeça concordando. Ela pula
bem alto e diz que seremos bons amigos, afinal somos muitos parecidos. Eu só
não sei o que ela quis dizer com isso.
Subindo para o terraço dava para ver a quadra da escola e um
pouco do parque, vou dormir um pouco.
Sala 1 Ala 3: sala de aula
À minha frente está à menina mais popular da escola, que
esnoba a todos esfregando suas riquezas nos outros e pagando a todos para serem
suas amigas.
Do meu lado esquerdo o capitão do time de basquete, as
garotas saem no tapa por ele, eu realmente não vejo nada mais do que músculos e
zero% de inteligência.
À minha direita a carteira está vazia e atrás de mim...
- Ei, estamos na mesma sala, isso não e legal? Parece que
vamos mesmo ser amigos não é?
- Hum... Você é a menina de hoje cedo.
- Sim! Lila. Qual o seu nome?
- Me chamo Muriel.
Lila: Muito prazer Muriel, vamos passar muito tempo juntos.
Muriel: ...
Lila: Ah vamos, não seja tão tímido. Se solte.
Muriel: Sim, vamos ser amigos.
Por onde eu fosse Lila estava atrás, sempre bem alegre e
rindo de tudo. Todos sempre a cumprimentavam e trocavam sorrisos, começo a
pensar que essa é a vida que eu sempre quis.
Todos começam a ir embora e eu fico à espera do meu pai, mas
já se passaram quase uma hora desde que saí e meu pai não me retorna as
ligações nem responde às mensagens. Acho que depois de tudo, ele não vem.
Aluna: A mocinha não vai para casa? Ou esta esperando o
príncipe encantado? risos risos
Sou empurrado por ela e suas amigas, rindo e zombando de mim
como sempre.
Mas infelizmente elas estão certas, a quem quero enganar,
meu pai não viria me buscar e no fundo eu sabia disso.
Não ha ninguém em casa e está tudo do mesmo jeito, meu pai
não voltou desde que saímos, terei que fazer o jantar.
Muriel: Odeio comer sozinho, é tão triste e solitário.
Depois de limpar a cozinha, vejo um pouco de TV, tomo banho
e vou para a cama. No meio da noite escuto ruídos na porta, alguém estava
forçando sua entrada, cubro minha cabeça com medo e rezo para não ser
encontrado.
Os barulhos param e de repente: Baam!
A porta é arrombada, com medo entro embaixo da cama e fico
quieto.
Alguém está quebrando tudo e ouço seus passos vindos em
direção ao meu quarto, não tenho nada para me defender, somente meu medo. Vejo
seus pés pela abertura da porta, entra lentamente atravessando toda a extensão
do quarto e parando perto da janela.
Muriel: Ah! Socorro alguém me ajude.
Agarrando em meus cabelos, sou arrastado, estou tão
assustado que não vi seu rosto, mas sei que fede a álcool e a barra da calça
está suja e a pessoa descalça.
Muriel: Socorro! Me solte, por favor! Pode levar o que
quiser.
...: Não fique assustada pequena criança hoje começa seus
dias de luta.
Muriel: Pai? É você? Do que está falando? Porque está
bêbado? Me solte, por favor.
Pai: Soltar? Não Muriel, o papai vai brincar com você.
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