quarta-feira, 11 de abril de 2018

Canção para amar 2


Capitulo 2

Olhando bem em seus olhos e ainda sem entender o porquê de uma garota vir falar comigo, eu apenas aceno com a cabeça concordando. Ela pula bem alto e diz que seremos bons amigos, afinal somos muitos parecidos. Eu só não sei o que ela quis dizer com isso.

Subindo para o terraço dava para ver a quadra da escola e um pouco do parque, vou dormir um pouco.

Sala 1 Ala 3: sala de aula

À minha frente está à menina mais popular da escola, que esnoba a todos esfregando suas riquezas nos outros e pagando a todos para serem suas amigas.
Do meu lado esquerdo o capitão do time de basquete, as garotas saem no tapa por ele, eu realmente não vejo nada mais do que músculos e zero% de inteligência.
À minha direita a carteira está vazia e atrás de mim...

- Ei, estamos na mesma sala, isso não e legal? Parece que vamos mesmo ser amigos não é?

- Hum... Você é a menina de hoje cedo.

- Sim! Lila. Qual o seu nome?

- Me chamo Muriel.

Lila: Muito prazer Muriel, vamos passar muito tempo juntos.

Muriel: ...

Lila: Ah vamos, não seja tão tímido. Se solte.

Muriel: Sim, vamos ser amigos.


Por onde eu fosse Lila estava atrás, sempre bem alegre e rindo de tudo. Todos sempre a cumprimentavam e trocavam sorrisos, começo a pensar que essa é a vida que eu sempre quis.
Todos começam a ir embora e eu fico à espera do meu pai, mas já se passaram quase uma hora desde que saí e meu pai não me retorna as ligações nem responde às mensagens. Acho que depois de tudo, ele não vem.

Aluna: A mocinha não vai para casa? Ou esta esperando o príncipe encantado? risos risos

Sou empurrado por ela e suas amigas, rindo e zombando de mim como sempre.
Mas infelizmente elas estão certas, a quem quero enganar, meu pai não viria me buscar e no fundo eu sabia disso.

Não ha ninguém em casa e está tudo do mesmo jeito, meu pai não voltou desde que saímos, terei que fazer o jantar.

Muriel: Odeio comer sozinho, é tão triste e solitário.

Depois de limpar a cozinha, vejo um pouco de TV, tomo banho e vou para a cama. No meio da noite escuto ruídos na porta, alguém estava forçando sua entrada, cubro minha cabeça com medo e rezo para não ser encontrado.
Os barulhos param e de repente: Baam!
A porta é arrombada, com medo entro embaixo da cama e fico quieto.
Alguém está quebrando tudo e ouço seus passos vindos em direção ao meu quarto, não tenho nada para me defender, somente meu medo. Vejo seus pés pela abertura da porta, entra lentamente atravessando toda a extensão do quarto e parando perto da janela.

Muriel: Ah! Socorro alguém me ajude.

Agarrando em meus cabelos, sou arrastado, estou tão assustado que não vi seu rosto, mas sei que fede a álcool e a barra da calça está suja e a pessoa descalça.

Muriel: Socorro! Me solte, por favor! Pode levar o que quiser.

...: Não fique assustada pequena criança hoje começa seus dias de luta.
Muriel: Pai? É você? Do que está falando? Porque está bêbado? Me solte, por favor.

Pai: Soltar? Não Muriel, o papai vai brincar com você.

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